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Fome no Brasil: número de brasileiros sem ter o que comer quase dobra em 2 anos de pandemia

Fome no Brasil: número de brasileiros sem ter o que comer quase dobra em 2 anos de pandemia
Cerca de 33,1 milhões de brasileiros vivem em situação de fome, 14 milhões a mais que em 2020. Quadro é equivalente ao da década de 1990.

A fome avança cada vez mais rápido pelo Brasil. Um levantamento divulgado nesta quarta-feira (8) mostra que o país soma atualmente cerca de 33,1 milhões de pessoas sem ter o que comer diariamente, quase o dobro do contingente em situação de fome estimado em 2020.

Em números absolutos, são 14 milhões de pessoas a mais passando fome no país.

Os dados são do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN).

O 1º inquérito, divulgado em abril do ano passado, estimava em 19 milhões o total de brasileiros que não tinham nada para comer em 2020, cerca de 9 milhões a mais que em 2018, quando essa população somava 10,3 milhões de pessoas.

A crise provocada pela pandemia do coronavírus está diretamente relacionada ao avanço, ainda maior, da fome nos últimos dois anos

“A pandemia surge neste contexto de aumento da pobreza e da miséria, e traz ainda mais desamparo e sofrimento. Os caminhos escolhidos para a política econômica e a gestão inconsequente da pandemia só poderiam levar ao aumento ainda mais escandaloso da desigualdade social e da fome no nosso país”, apontou Ana Maria Segall, médica epidemiologista e pesquisadora da Rede PENSSAN.

‘Quadro perverso’: três décadas de retrocesso
“O país regrediu para um patamar equivalente ao da década de 1990”, destacou a rede PENSSAN ao divulgar o resultado de seu segundo inquérito. O levantamento anterior havia apontado que o cenário da fome no país remontava ao que era observado em 2004.

“A continuidade do desmonte de políticas públicas, a piora no cenário econômico, o acirramento das desigualdades sociais e o segundo ano da pandemia da Covid-19 tornaram o quadro desta segunda pesquisa ainda mais perverso”, enfatizou a entidade.

De acordo com a rede PENSSAN, a pesquisa foi realizada entre novembro de 2021 e abril de 2022, a partir de entrevistas feitas em 12.745 domicílios, distribuídos em áreas urbanas e rurais de 577 municípios das 27 unidades da federação – 26 estados mais o Distrito Federal.

A metodologia da pesquisa considerou a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), a mesma utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para mapear a fome no país.

A Ebia classifica a segurança alimentar como sendo o acesso pleno e regular aos alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais. Já a insegurança alimentar é classificada em três níveis - leve, moderada e grave – da seguinte maneira:

Insegurança alimentar leve: há preocupação ou incerteza quanto acesso aos alimentos no futuro, além de queda na qualidade adequada dos alimentos resultante de estratégias que visam não comprometer a quantidade de alimentação consumida.
Insegurança alimentar moderada: há redução quantitativa no consumo de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação.
Insegurança alimentar grave: há redução quantitativa de alimentos também entre as crianças, ou seja, ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores do domicílio. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no lar.

Insegurança alimentar
A pesquisa mostrou que 125,2 milhões de brasileiros vivem com algum grau de insegurança alimentar, número que corresponde a mais da metade (58,7%) da população do país.

Na comparação com 2020, a insegurança alimentar aumentou em 7,2%. Já em relação a 2018, o avanço chega a 60%.

De acordo com o coordenador da Rede PENSSAN, a perda da segurança alimentar no Brasil está diretamente relacionada à atuação governamental.

“As medidas tomadas pelo governo para contenção da fome hoje são isoladas e insuficientes, diante de um cenário de alta da inflação, sobretudo dos alimentos, do desemprego e da queda de renda da população, com maior intensidade nos segmentos mais vulnerabilizados”, apontou.

Maluf enfatizou que as políticas públicas de combate à extrema pobreza desenvolvidas entre 2004 e 2013 restringiram a fome a apenas 4,2% dos domicílios brasileiros.

Retrato da fome no Brasil
De acordo com a pesquisa, na média, cerca de 15% das famílias brasileiras enfrentam a fome atualmente. Fatores regionais e sociais, no entanto, agravam a situação.

As estatísticas apontam que a fome:

é mais presente entre as famílias que vivem no Norte (25,7%) e no Nordeste (21%);
é maior nas áreas rurais, onde atinge 18,6% dos domicílios;
é realidade na casa de 21,8% de agricultores e pequenos produtores;
saltou de 10,4% em 2020 para 18,1% em 2022 entre os lares comandados por pretos e pardos;
atinge 19,3% dos lares sustentados por mulheres e 11,9% dos chefiados por homens;
em relação a 2020, mais que dobrou entre os domicílios com crianças menores de 10 anos de idade;
é maior nos domicílios em que a pessoa responsável está desempregada (36,1%);
saltou de 14,9% para 22,3% nos domicílios sustentados por pessoa com baixa escolaridade;

Publicado em 08/06/2022 ás 08:06
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Operação conjunta na Vila Cruzeiro tem 21 mortos

Operação conjunta na Vila Cruzeiro tem 21 mortos
Uma mulher atingida por uma bala perdida está entre as vítimas. Agentes buscavam prender chefes do Comando Vermelho escondidos no complexo e foram recebidos a tiros por volta das 4h. Houve relatos também de tiros no Complexo do Alemão. Treze escolas da região estão fechadas.

Pelo menos 21 pessoas morreram durante um confronto na Vila Cruzeiro, na Penha, na Zona Norte do Rio, e regiões próximas na madrugada desta terça-feira (24).

A Polícia Militar afirma que 11 mortos eram suspeitos. Um outro homem, ainda sem identificação, chegou morto ao Getúlio Vargas nesta tarde.

Alem deles, uma moradora também morreu, vítima de bala perdida. Gabrielle Ferreira da Cunha, de 41 anos, foi baleada e morta na entrada da Chatuba, que fica ao lado da Vila Cruzeiro.

Outros dois homens, que são considerados suspeitos pela polícia, foram baleados e passam por cirurgia no Getúlio Vargas. Mais duas pessoas deram entrada na unidade nesta tarde, levados pela Polícia Rodoviária Federal. Um mulher, que está lúcida, e um homem inconsciente, com um ferimento na barriga.

Além delas, um policial civil foi ferido por estilhaços de bala no rosto durante perícia no local. Sérgio Silva Rosário passa bem.

Moradores relataram que começaram a ouvir tiros às 4h. Houve relatos também de tiros no Complexo do Alemão, onde bandidos tentavam usar uma estrada de terra como rota de fuga.

Treze escolas da rede municipal dos complexos da Penha e do Alemão precisaram ficar fechadas devido ao confronto, segundo a Secretaria Municipal de Educação.

Em fevereiro, outra operação conjunta das polícias Militar e Rodoviária Federal (PRF) na Vila Cruzeiro deixou pelo menos oito mortos.

Segundo a PM, agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram atacados a tiros quando iniciavam uma “operação emergencial” na comunidade.

O objetivo era prender chefes do Comando Vermelho escondidos na Vila Cruzeiro. A polícia afirma que lideranças da facção em outras favelas do Rio — como Jacarezinho, Mangueira, Providência e Salgueiro (São Gonçalo) — e até de estados do Norte e do Nordeste também estão abrigados na Penha.

Confrontos perto de mata
Um helicóptero blindado da PM dava apoio aos agentes em terra. Os confrontos se concentravam na parte alta da Vila Cruzeiro, perto de uma área de mata.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a moradora estava na Rua Dionísio, na Chatuba, na parte baixa do complexo, quando foi atingida.

Policiais apreenderam treze fuzis, quatro pistolas, doze granadas e uma quantidade grande de drogas, ainda não contabilizada. Dez carros e vinte motos foram recuperados.

Tiros logo cedo
Os tiros começaram a ser ouvidos por volta das 4h.

“Quatro horas da manhã começou operação aqui na Vila Cruzeiro. Muito tiro, mas muito tiro mesmo. Os policiais do Bope entraram aqui com vários carros. E a bala tá comendo”, afirmou um morador.

Vídeos enviados ao Bom Dia Rio mostram blindados entrando na comunidade.

O tenente-coronel Ivan Blaz, porta-voz da PM, disse que os confrontos continuam e o objetivo é localizar criminosos de outros estados que se escondem na Vila Cruzeiro.

"Nesse momento ainda temos confrontos na área de mata. Na área construída estamos fazendo uma varredura com policiais do Bope e da Polícia Rodoviária Federal".

"O objetivo ainda está mantido de buscar criminosos de outros estados que estão buscando abrigo aqui com essa facção criminosa, que opera na Vila Cruzeiro, no Jacarezinho, na Mangueira, na Providência e no Chapadão. Eles estão hospedando criminosos de outros lugares, entre eles, criminosos do Pará, que determinaram a morte de mais de 13 agentes públicos somente este ano".

Segundo Blaz, o Comando Vermelho, facção criminosa da Vila Cruzeiro, é responsável pela maior parte dos confrontos no RJ.

"Precisamos desbaratar essa quadrilha que já é hoje responsável por mais de 80% dos confrontos armados do Rio de Janeiro. Essa facção criminosa que opera ali na região da Vila Cruzeiro atua numa campanha expansionista em todo o nosso estado".

O tenente-coronel disse ainda que a morte da moradora da Chatuba é uma "realidade trágica".

"Estamos falando de um confronto armado em que se usam armas de guerra, munições de alta velocidade, que cruzam longas distâncias. Segundo informações, ela teria sido atingida logo no início da operação quando criminosos estavam atacando os policiais. O sentido do tiro aponta para esse lado, a perícia já foi feita, já temos o corpo removido. Logicamente, esse resultado logo no início da operação já nos desestimula. Ele já é um fato lamentável, muito lamentável, uma família impactada por um resultado desse, da violência".



Publicado em 24/05/2022 ás 15:05
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Ucrânia diz ter encontrado 200 corpos em escombros de prédio residencial de Mariupol

Ucrânia diz ter encontrado 200 corpos em escombros de prédio residencial de Mariupol
Conselheiro do governo local informou que corpos estavam em alto estágio de decomposição

O conselheiro do governo de Mariupol, Petro Andriushchenko, informou nesta terça-feira que cerca de 200 corpos foram encontrados sob os escombros de um prédio residencial bombardeado na cidade ucraniana. Conforme Andriushchenko, as vítimas foram encontradas em alto estágio de decomposição.

"Ao retirar os escombros de um bloco de apartamentos na avenida Myru, cerca de 200 corpos de vítimas foram encontrados em um porão em alto grau de decomposição", escreveu o conselheiro no Telegram.

Andriushchenko relatou que moradores se recusaram a recolher e embalar os corpos dos mortos e o Ministério de Situações de Emergência da Rússia "simplesmente deixou cadáveres no local". Como os escombros foram parcialmente retirados, o mau cheiro pode ser sentido em todo o bairro residencial.

Cerco em Azovstal
Mariupol foi palco de um dos mais longos cercos militares da guerra na Ucrânia, imposto pela Rússia à siderúrgica Azovstal. Segundo o Ministério da Defesa russo, mais de 2 mil combatentes que estavam no local se renderam.

O governo de Vladimir Putin pretende usar a conquista da cidade como peça de propaganda interna. Foi nessa mesma região que surgiu o Batalhão Azov, milícia originalmente paramilitar e de ideologia neonazista posteriormente integrada às Forças Armadas da Ucrânia.

Julgamento dos prisioneiros
Os prisioneiros de Mariupol devem ser julgados na autoproclamada República Popular de Donetsk (RPD), uma região dominada por separatistas pró-Moscou no Leste da Ucrânia, informou o líder da região. Se isso se concretizar, os prisioneiros de guerra estarão sujeitos à pena de morte, que atualmente não é adotada pela Rússia.

A informação foi transmitida pelo chefe da RDP, Denis Pushilin, à agência russa Interfax.

— O tribunal internacional está planejado para ser organizado no território da república — disse Pushilin. — O estatuto do tribunal está sendo elaborado.

Publicado em 24/05/2022 ás 15:05
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Moro vira réu em ação movida pelo PT por alegados prejuízos à Petrobras

Moro vira réu em ação movida pelo PT por alegados prejuízos à Petrobras
A ação foi apresentada no dia 27 e enviada à 2ª Vara Federal Cível de Brasília.

O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) virou réu em uma ação popular movida por deputados do PT na Justiça Federal do Distrito Federal.

A petição inicial foi recebida na segunda-feira (23) pelo juiz Charles Renaud Frazão de Morais, que determinou a citação de Moro.

Na ação, os deputados pedem que Moro seja condenado a ressarcir os cofres públicos por alegados prejuízos causados à Petrobras por sua atuação na Lava Jato. Não foi definido na petição inicial o valor da indenização caso o ex-juiz seja condenado.

Na petição inicial, os autores da ação — os deputados Rui Falcão, Erika Kokay, Natalia Bonavides, José Guimarães e Paulo Pimenta — alegam que, durante sua atuação como juiz da Lava Jato, Moro teve "condutas atentatórias ao patrimônio público e à moralidade administrativa, as quais tiveram severos impactos na economia do país e em sua estabilidade democrática e institucional."

A informação foi revelada pelo jornal "Folha de S.Paulo" nesta terça-feira (24) e confirmada pelo blog.

Publicado em 24/05/2022 ás 08:05
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Membro da Otan, Turquia se opõe à entrada de Suécia e Finlândia na aliança militar

Membro da Otan, Turquia se opõe à entrada de Suécia e Finlândia na aliança militar
Presidente turco, Tayip Erdogan, argumenta que países escandinavos abrigam curdos considerados terroristas por Ancara. Embora seja membro da aliança militar ocidental desde a década de 1950, Turquia tem relação de proximidade com a Rússia.

A Turquia se opôs nesta sexta-feira (13) à entrada da Finlândia e da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). É a primeira vez que um membro da aliança militar do Ocidente se manifesta contra a adesão dos dois países escandinavos, que eram neutros mas após a invasão Rússia na Ucrânia decidiu aderir à Otan.

O presidente da Turquia, Tayip Erdogan, disse que seu país, membro da Otan desde a década de 1950, não é favorável à adesão da Finlândia e da Suécia, que devem apresentar a candidatura para ingressar na aliança já na semana que vem.

Para tentar dar fim ao impasse, os ministros de Relações Exteriores da Suécia, da Finlândia e da Turquia se reunirão neste sábado (14) em Berlim, na Alemanha, onde discutirão um acordo.

Apesar de fazer parte da Otan, a Turquia também mantém relações fortes com a Rússia, um de seus principais parceiros comerciais. E o Kremlin já prometeu retaliações sem precedentes caso os países escandinavos, próximos à Rússia geograficamente, ingressem na aliança militar.

Oficialmente, porém, Erdogan argumentou que Finlândia e Suécia "dão abrigo" a refugiados curdos que, segundo ele, fazem parte do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, o PKK, grupo considerado terrorista pela Turquia.

"Não temos uma opinião positiva. Os países escandinavos são como uma casa de hóspedes para organizações terroristas", declarou.
A reação da Turquia é a primeira voz dissonante dentro da Otan sobre a possibilidade de Finlândia e Suécia aderirem à Aliança do Atlântico Norte.

Desde o início da crise e depois da invasão russa da Ucrânia, a Turquia tem feito o possível para manter boas relações com os dois países, dos quais sua economia depende muito.

Publicado em 13/05/2022 ás 15:05
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