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Ministério da Saúde libera quarta dose da vacina contra Covid-19 para maiores de 40 anos
Ministério da Saúde libera quarta dose da vacina contra Covid-19 para maiores de 40 anos
Até agora, o ministério havia liberado essa dose apenas para pessoas com 50 anos ou mais, além de imunossuprimidos e trabalhadores da saúde. Pasta também apresentou mudanças para quem tomou Janssen no esquema primário.
O Ministério da Saúde liberou nesta segunda-feira (20) a quarta dose (ou segunda dose de reforço) da vacina contra a Covid-19 para pessoas acima de 40 anos. Segundo Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde, esse novo grupo já pode procurar os postos de saúde para receber a dose.
A recomendação é que a imunização seja feita com as vacinas da Pfizer, AstraZeneca ou Janssen, quatro meses após a aplicação do primeiro reforço.
Até agora, o ministério havia liberado essa dose apenas para pessoas com 50 anos ou mais, além de imunossuprimidos e trabalhadores da saúde.
Doses por grupo para qualquer uma das vacinas:
Maiores de 40 anos: quatro doses
12 a 39 anos: três doses
5 a 11 anos: duas doses
Sobre a inclusão da vacina contra Covid-19 no Programa Nacional de Imunizações (PNI), Arnaldo Medeiros disse que ainda não há previsão.
“Cremos que a vacinação contra a Covid entrará no PNI, é uma discussão que já estamos tendo, mas precisamos de mais clareza de qual seria o público-alvo de maneira mais concreta, qual será a posologia. Os estudos continuam, a discussão com especialistas continua, mas ainda não temos definição de quando ela será incorporada dentro do PNI”, disse Medeiros.
A pasta também apresentou um balanço sobre a vacinação no país. Segundo o ministério, pessoas não vacinadas tiveram risco de ter Covid-19 grave ou ir a óbito de 6 a 9 vezes maior do que pessoas vacinadas durante os primeiros meses de 2022.
Vacinados com a Janssen
O ministério também liberou mais doses para quem tomou Janssen. As vacinas recomendadas para as doses de reforço são AstraZeneca, Pfizer ou Janssen:
18 a 39 anos: segundo reforço (terceira dose)
40 anos ou mais: terceiro reforço (quarta dose)
Até agora, o ministério havia liberado essa dose apenas para pessoas com 50 anos ou mais, além de imunossuprimidos e trabalhadores da saúde. Pasta também apresentou mudanças para quem tomou Janssen no esquema primário.
O Ministério da Saúde liberou nesta segunda-feira (20) a quarta dose (ou segunda dose de reforço) da vacina contra a Covid-19 para pessoas acima de 40 anos. Segundo Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde, esse novo grupo já pode procurar os postos de saúde para receber a dose.
A recomendação é que a imunização seja feita com as vacinas da Pfizer, AstraZeneca ou Janssen, quatro meses após a aplicação do primeiro reforço.
Até agora, o ministério havia liberado essa dose apenas para pessoas com 50 anos ou mais, além de imunossuprimidos e trabalhadores da saúde.
Doses por grupo para qualquer uma das vacinas:
Maiores de 40 anos: quatro doses
12 a 39 anos: três doses
5 a 11 anos: duas doses
Sobre a inclusão da vacina contra Covid-19 no Programa Nacional de Imunizações (PNI), Arnaldo Medeiros disse que ainda não há previsão.
“Cremos que a vacinação contra a Covid entrará no PNI, é uma discussão que já estamos tendo, mas precisamos de mais clareza de qual seria o público-alvo de maneira mais concreta, qual será a posologia. Os estudos continuam, a discussão com especialistas continua, mas ainda não temos definição de quando ela será incorporada dentro do PNI”, disse Medeiros.
A pasta também apresentou um balanço sobre a vacinação no país. Segundo o ministério, pessoas não vacinadas tiveram risco de ter Covid-19 grave ou ir a óbito de 6 a 9 vezes maior do que pessoas vacinadas durante os primeiros meses de 2022.
Vacinados com a Janssen
O ministério também liberou mais doses para quem tomou Janssen. As vacinas recomendadas para as doses de reforço são AstraZeneca, Pfizer ou Janssen:
18 a 39 anos: segundo reforço (terceira dose)
40 anos ou mais: terceiro reforço (quarta dose)
Publicado em 20/06/2022 ás 14:06
Ver completa.#Eleições2022: Lula lidera intenções de voto na Bahia com 56% contra 25% de Bolsonaro
#Eleições2022: Lula lidera intenções de voto na Bahia com 56% contra 25% de Bolsonaro
Ao todo, foram entrevistadas 1.526 pessoas com 16 anos ou mais de forma presencial, em 72 municípios baianos, entre os dias 6 e 9 de junho deste ano.
O ex-presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva (PT), lidera as intenções de voto na Bahia para o Palácio do Planalto com 56,04%, segundo pesquisa do Informe Baiano/Séculos divulgada nesta segunda-feira (13). Em segundo lugar aparece Jair Bolsonaro (PL), com 25,75%, e Ciro Gomes aparece na terceira posição, com 7,34%.
Logo depois aparecem: Simone Tebet com 0,52%; Luciano Bivar com 0,39%; André Janones com 0,33%; Felipe D`Ávila com 0,20%; Vera Lúcia com 0,13%; Eymael com 0,13%; Leonardo Péricles com 0,13%; Pablo Marçal com 0,07%; Sofia Manzano com 0,07%; Nenhum/nulo somam 3,93% e não sabem/não opinaram são 4,98%.
Ao todo, foram entrevistadas 1.526 pessoas com 16 anos ou mais de forma presencial, em 72 municípios baianos, entre os dias 6 e 9 de junho deste ano. A margem de erro da amostragem é de 2,5%, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob nº BR-07002/2022. Jornal da Chapada com informações de Informe Baiano.
Ao todo, foram entrevistadas 1.526 pessoas com 16 anos ou mais de forma presencial, em 72 municípios baianos, entre os dias 6 e 9 de junho deste ano.
O ex-presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva (PT), lidera as intenções de voto na Bahia para o Palácio do Planalto com 56,04%, segundo pesquisa do Informe Baiano/Séculos divulgada nesta segunda-feira (13). Em segundo lugar aparece Jair Bolsonaro (PL), com 25,75%, e Ciro Gomes aparece na terceira posição, com 7,34%.
Logo depois aparecem: Simone Tebet com 0,52%; Luciano Bivar com 0,39%; André Janones com 0,33%; Felipe D`Ávila com 0,20%; Vera Lúcia com 0,13%; Eymael com 0,13%; Leonardo Péricles com 0,13%; Pablo Marçal com 0,07%; Sofia Manzano com 0,07%; Nenhum/nulo somam 3,93% e não sabem/não opinaram são 4,98%.
Ao todo, foram entrevistadas 1.526 pessoas com 16 anos ou mais de forma presencial, em 72 municípios baianos, entre os dias 6 e 9 de junho deste ano. A margem de erro da amostragem é de 2,5%, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob nº BR-07002/2022. Jornal da Chapada com informações de Informe Baiano.
Publicado em 15/06/2022 ás 08:06
Ver completa.Putin tem plano de fome para vencer guerra e desestabilizar Europa, avalia Timothy Snyder
Putin tem plano de fome para vencer guerra e desestabilizar Europa, avalia Timothy Snyder
Historiador vê paralelos em Hitler e Stalin na estratégia do presidente russo para controlar agricultura na Ucrânia com bloqueio de portos no Mar Negro.
O alerta para um novo estágio de colonialismo e o mais recente capítulo da política da fome veio do historiador americano Timothy Snyder, num extenso tópico publicado no sábado (11) no Twitter: “A Rússia tem um plano de fome. Vladimir Putin está se preparando para matar de fome grande parte do mundo em desenvolvimento como o próximo estágio de sua guerra na Europa.”
Professor de Yale, especializado em Europa Central e Oriental, ele traçou três níveis na estratégia de Putin para matar asiáticos e africanos de fome e vencer a guerra na Ucrânia: destruir o Estado ucraniano, cortando suas exportações; gerar uma onda de refugiados do Norte da África e do Oriente Médio, regiões que são alimentadas pela Ucrânia, o que causaria instabilidade na UE; e desencadear uma campanha de propaganda russa para responsabilizar o país invadido pela fome mundial.
“Quando os distúrbios começarem e a fome se espalhar, a propaganda russa culpará a Ucrânia e exigirá que os ganhos territoriais da Rússia na Ucrânia sejam reconhecidos e que todas as sanções sejam levantadas”, prevê o historiador.
No ranking mundial, a Ucrânia aparece como o quinto maior exportador de trigo, o quarto maior de milho e o maior de óleo de girassol. O bloqueio do porto em Odessa pela Rússia, assim como a destruição de silos e equipamentos agrícolas, vêm impedindo a exportação da safra, destinada, sobretudo, a países da África e do Oriente Médio.
O controle da agricultura ucraniana, para provocar o que o historiador Snyder chamou de horror da fome, encontra paralelos em ações patrocinadas por Josef Stalin e Adolf Hitler. Ele observa que o ditador nazista desejava redirecionar os grãos ucranianos da União Soviética para a Alemanha, na esperança de matar de fome milhões de cidadãos soviéticos. Já a agricultura coletivizada promovida pelo ditador soviético matou cerca de quatro milhões de ucranianos, que acabaram sendo responsabilizados pela campanha de propaganda russa.
A escassez de alimentos parece servir a Putin como tática de guerra. “A política de memória russa preparou o caminho para um plano de fome do século 21. Dizem aos russos que a fome de Stalin foi um acidente e que os ucranianos são nazistas. Isso faz com que roubo e bloqueio pareçam aceitáveis”, escreveu Timothy Snyder.
Suas projeções coincidem com o panorama de volatilidade traçado no mês passado por David Beasley, diretor-executivo do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas, durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, e mais recentemente no Fórum Mundial de Davos
No seu entender, a guerra de Putin na Ucrânia desencadeou a maior crise humanitária desde a Segunda Guerra, agora agravada pelo bloqueio de portos no Mar Negro: 325 milhões de pessoas correm o risco de passar fome como resultado e se somarão aos 43 milhões de pessoas que já enfrentam o problema.
“A não abertura dos portos na região de Odessa será uma declaração de guerra à segurança alimentar global. E resultará em fome, desestabilização e migração em massa em todo o mundo”, advertiu.
A pressão de Putin começa a funcionar. No início do mês, o chefe da União Africana, Macky Sall, correu para a Rússia e apelou ao presidente para facilitar a exportação de cereais e fertilizantes, já que 40% do trigo consumido pela África vêm da Rússia e da Ucrânia. “Os países africanos são vítimas inocentes da guerra na Ucrânia, e a Rússia deve ajudar a aliviar seu sofrimento”, afirmou.
Nove décadas após o Holodomor, ou genocídio pela fome, imposto por Stalin aos ucranianos, uma nova ameaça de insegurança alimentar, com potencial devastador, parte do Kremlin.
Historiador vê paralelos em Hitler e Stalin na estratégia do presidente russo para controlar agricultura na Ucrânia com bloqueio de portos no Mar Negro.
O alerta para um novo estágio de colonialismo e o mais recente capítulo da política da fome veio do historiador americano Timothy Snyder, num extenso tópico publicado no sábado (11) no Twitter: “A Rússia tem um plano de fome. Vladimir Putin está se preparando para matar de fome grande parte do mundo em desenvolvimento como o próximo estágio de sua guerra na Europa.”
Professor de Yale, especializado em Europa Central e Oriental, ele traçou três níveis na estratégia de Putin para matar asiáticos e africanos de fome e vencer a guerra na Ucrânia: destruir o Estado ucraniano, cortando suas exportações; gerar uma onda de refugiados do Norte da África e do Oriente Médio, regiões que são alimentadas pela Ucrânia, o que causaria instabilidade na UE; e desencadear uma campanha de propaganda russa para responsabilizar o país invadido pela fome mundial.
“Quando os distúrbios começarem e a fome se espalhar, a propaganda russa culpará a Ucrânia e exigirá que os ganhos territoriais da Rússia na Ucrânia sejam reconhecidos e que todas as sanções sejam levantadas”, prevê o historiador.
No ranking mundial, a Ucrânia aparece como o quinto maior exportador de trigo, o quarto maior de milho e o maior de óleo de girassol. O bloqueio do porto em Odessa pela Rússia, assim como a destruição de silos e equipamentos agrícolas, vêm impedindo a exportação da safra, destinada, sobretudo, a países da África e do Oriente Médio.
O controle da agricultura ucraniana, para provocar o que o historiador Snyder chamou de horror da fome, encontra paralelos em ações patrocinadas por Josef Stalin e Adolf Hitler. Ele observa que o ditador nazista desejava redirecionar os grãos ucranianos da União Soviética para a Alemanha, na esperança de matar de fome milhões de cidadãos soviéticos. Já a agricultura coletivizada promovida pelo ditador soviético matou cerca de quatro milhões de ucranianos, que acabaram sendo responsabilizados pela campanha de propaganda russa.
A escassez de alimentos parece servir a Putin como tática de guerra. “A política de memória russa preparou o caminho para um plano de fome do século 21. Dizem aos russos que a fome de Stalin foi um acidente e que os ucranianos são nazistas. Isso faz com que roubo e bloqueio pareçam aceitáveis”, escreveu Timothy Snyder.
Suas projeções coincidem com o panorama de volatilidade traçado no mês passado por David Beasley, diretor-executivo do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas, durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, e mais recentemente no Fórum Mundial de Davos
No seu entender, a guerra de Putin na Ucrânia desencadeou a maior crise humanitária desde a Segunda Guerra, agora agravada pelo bloqueio de portos no Mar Negro: 325 milhões de pessoas correm o risco de passar fome como resultado e se somarão aos 43 milhões de pessoas que já enfrentam o problema.
“A não abertura dos portos na região de Odessa será uma declaração de guerra à segurança alimentar global. E resultará em fome, desestabilização e migração em massa em todo o mundo”, advertiu.
A pressão de Putin começa a funcionar. No início do mês, o chefe da União Africana, Macky Sall, correu para a Rússia e apelou ao presidente para facilitar a exportação de cereais e fertilizantes, já que 40% do trigo consumido pela África vêm da Rússia e da Ucrânia. “Os países africanos são vítimas inocentes da guerra na Ucrânia, e a Rússia deve ajudar a aliviar seu sofrimento”, afirmou.
Nove décadas após o Holodomor, ou genocídio pela fome, imposto por Stalin aos ucranianos, uma nova ameaça de insegurança alimentar, com potencial devastador, parte do Kremlin.
Publicado em 15/06/2022 ás 08:06
Ver completa.Veículo atropela multidão em Berlim e deixa cerca de 30 feridos e um morto
Veículo atropela multidão em Berlim e deixa cerca de 30 feridos e um morto
Incidente ocorreu perto do local onde ocorreu um ataque fatal em 19 de dezembro de 2016.Suspeito foi preso, segundo polícia local. Cinco pessoas estão em estado grave, afirma polícia.
Um carro invadiu uma rua uma multidão de Berlim, matando uma pessoa e ferindo pelo menos outras 30 na manhã desta quarta-feira (8), disse um porta-voz do Corpo de Bombeiros da capital alemã.
Um suspeito de ser o motorista foi detido, mas a polícia ainda não informou se sabe . Ainda não se sabe se foi um acidente ou se o atropelamento foi proposital. Além da vítima fatal, outras cinco pessoas estão em estado grave, afirmaram os bombeiros.
O ator John Barrowman, da série "Doctor Who", presenciou o atropelamento. "Não parecia ser uma acidente. Muitas pessoas estavam feriadas no chão", relatou à CNN.
O incidente ocorreu perto do mercado de rua Kurfuerstendamm, onde em 2016 o tunisiano Anis Amri sequestrou um caminhão, matou o motorista e o jogou em um mercado de Natal lotado no oeste de Berlim, matando mais 11 pessoas e ferindo dezenas de outras.
Incidente ocorreu perto do local onde ocorreu um ataque fatal em 19 de dezembro de 2016.Suspeito foi preso, segundo polícia local. Cinco pessoas estão em estado grave, afirma polícia.
Um carro invadiu uma rua uma multidão de Berlim, matando uma pessoa e ferindo pelo menos outras 30 na manhã desta quarta-feira (8), disse um porta-voz do Corpo de Bombeiros da capital alemã.
Um suspeito de ser o motorista foi detido, mas a polícia ainda não informou se sabe . Ainda não se sabe se foi um acidente ou se o atropelamento foi proposital. Além da vítima fatal, outras cinco pessoas estão em estado grave, afirmaram os bombeiros.
O ator John Barrowman, da série "Doctor Who", presenciou o atropelamento. "Não parecia ser uma acidente. Muitas pessoas estavam feriadas no chão", relatou à CNN.
O incidente ocorreu perto do mercado de rua Kurfuerstendamm, onde em 2016 o tunisiano Anis Amri sequestrou um caminhão, matou o motorista e o jogou em um mercado de Natal lotado no oeste de Berlim, matando mais 11 pessoas e ferindo dezenas de outras.
Publicado em 08/06/2022 ás 08:06
Ver completa.Fome no Brasil: número de brasileiros sem ter o que comer quase dobra em 2 anos de pandemia
Fome no Brasil: número de brasileiros sem ter o que comer quase dobra em 2 anos de pandemia
Cerca de 33,1 milhões de brasileiros vivem em situação de fome, 14 milhões a mais que em 2020. Quadro é equivalente ao da década de 1990.
A fome avança cada vez mais rápido pelo Brasil. Um levantamento divulgado nesta quarta-feira (8) mostra que o país soma atualmente cerca de 33,1 milhões de pessoas sem ter o que comer diariamente, quase o dobro do contingente em situação de fome estimado em 2020.
Em números absolutos, são 14 milhões de pessoas a mais passando fome no país.
Os dados são do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN).
O 1º inquérito, divulgado em abril do ano passado, estimava em 19 milhões o total de brasileiros que não tinham nada para comer em 2020, cerca de 9 milhões a mais que em 2018, quando essa população somava 10,3 milhões de pessoas.
A crise provocada pela pandemia do coronavírus está diretamente relacionada ao avanço, ainda maior, da fome nos últimos dois anos
“A pandemia surge neste contexto de aumento da pobreza e da miséria, e traz ainda mais desamparo e sofrimento. Os caminhos escolhidos para a política econômica e a gestão inconsequente da pandemia só poderiam levar ao aumento ainda mais escandaloso da desigualdade social e da fome no nosso país”, apontou Ana Maria Segall, médica epidemiologista e pesquisadora da Rede PENSSAN.
‘Quadro perverso’: três décadas de retrocesso
“O país regrediu para um patamar equivalente ao da década de 1990”, destacou a rede PENSSAN ao divulgar o resultado de seu segundo inquérito. O levantamento anterior havia apontado que o cenário da fome no país remontava ao que era observado em 2004.
“A continuidade do desmonte de políticas públicas, a piora no cenário econômico, o acirramento das desigualdades sociais e o segundo ano da pandemia da Covid-19 tornaram o quadro desta segunda pesquisa ainda mais perverso”, enfatizou a entidade.
De acordo com a rede PENSSAN, a pesquisa foi realizada entre novembro de 2021 e abril de 2022, a partir de entrevistas feitas em 12.745 domicílios, distribuídos em áreas urbanas e rurais de 577 municípios das 27 unidades da federação – 26 estados mais o Distrito Federal.
A metodologia da pesquisa considerou a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), a mesma utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para mapear a fome no país.
A Ebia classifica a segurança alimentar como sendo o acesso pleno e regular aos alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais. Já a insegurança alimentar é classificada em três níveis - leve, moderada e grave – da seguinte maneira:
Insegurança alimentar leve: há preocupação ou incerteza quanto acesso aos alimentos no futuro, além de queda na qualidade adequada dos alimentos resultante de estratégias que visam não comprometer a quantidade de alimentação consumida.
Insegurança alimentar moderada: há redução quantitativa no consumo de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação.
Insegurança alimentar grave: há redução quantitativa de alimentos também entre as crianças, ou seja, ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores do domicílio. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no lar.
Insegurança alimentar
A pesquisa mostrou que 125,2 milhões de brasileiros vivem com algum grau de insegurança alimentar, número que corresponde a mais da metade (58,7%) da população do país.
Na comparação com 2020, a insegurança alimentar aumentou em 7,2%. Já em relação a 2018, o avanço chega a 60%.
De acordo com o coordenador da Rede PENSSAN, a perda da segurança alimentar no Brasil está diretamente relacionada à atuação governamental.
“As medidas tomadas pelo governo para contenção da fome hoje são isoladas e insuficientes, diante de um cenário de alta da inflação, sobretudo dos alimentos, do desemprego e da queda de renda da população, com maior intensidade nos segmentos mais vulnerabilizados”, apontou.
Maluf enfatizou que as políticas públicas de combate à extrema pobreza desenvolvidas entre 2004 e 2013 restringiram a fome a apenas 4,2% dos domicílios brasileiros.
Retrato da fome no Brasil
De acordo com a pesquisa, na média, cerca de 15% das famílias brasileiras enfrentam a fome atualmente. Fatores regionais e sociais, no entanto, agravam a situação.
As estatísticas apontam que a fome:
é mais presente entre as famílias que vivem no Norte (25,7%) e no Nordeste (21%);
é maior nas áreas rurais, onde atinge 18,6% dos domicílios;
é realidade na casa de 21,8% de agricultores e pequenos produtores;
saltou de 10,4% em 2020 para 18,1% em 2022 entre os lares comandados por pretos e pardos;
atinge 19,3% dos lares sustentados por mulheres e 11,9% dos chefiados por homens;
em relação a 2020, mais que dobrou entre os domicílios com crianças menores de 10 anos de idade;
é maior nos domicílios em que a pessoa responsável está desempregada (36,1%);
saltou de 14,9% para 22,3% nos domicílios sustentados por pessoa com baixa escolaridade;
Cerca de 33,1 milhões de brasileiros vivem em situação de fome, 14 milhões a mais que em 2020. Quadro é equivalente ao da década de 1990.
A fome avança cada vez mais rápido pelo Brasil. Um levantamento divulgado nesta quarta-feira (8) mostra que o país soma atualmente cerca de 33,1 milhões de pessoas sem ter o que comer diariamente, quase o dobro do contingente em situação de fome estimado em 2020.
Em números absolutos, são 14 milhões de pessoas a mais passando fome no país.
Os dados são do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN).
O 1º inquérito, divulgado em abril do ano passado, estimava em 19 milhões o total de brasileiros que não tinham nada para comer em 2020, cerca de 9 milhões a mais que em 2018, quando essa população somava 10,3 milhões de pessoas.
A crise provocada pela pandemia do coronavírus está diretamente relacionada ao avanço, ainda maior, da fome nos últimos dois anos
“A pandemia surge neste contexto de aumento da pobreza e da miséria, e traz ainda mais desamparo e sofrimento. Os caminhos escolhidos para a política econômica e a gestão inconsequente da pandemia só poderiam levar ao aumento ainda mais escandaloso da desigualdade social e da fome no nosso país”, apontou Ana Maria Segall, médica epidemiologista e pesquisadora da Rede PENSSAN.
‘Quadro perverso’: três décadas de retrocesso
“O país regrediu para um patamar equivalente ao da década de 1990”, destacou a rede PENSSAN ao divulgar o resultado de seu segundo inquérito. O levantamento anterior havia apontado que o cenário da fome no país remontava ao que era observado em 2004.
“A continuidade do desmonte de políticas públicas, a piora no cenário econômico, o acirramento das desigualdades sociais e o segundo ano da pandemia da Covid-19 tornaram o quadro desta segunda pesquisa ainda mais perverso”, enfatizou a entidade.
De acordo com a rede PENSSAN, a pesquisa foi realizada entre novembro de 2021 e abril de 2022, a partir de entrevistas feitas em 12.745 domicílios, distribuídos em áreas urbanas e rurais de 577 municípios das 27 unidades da federação – 26 estados mais o Distrito Federal.
A metodologia da pesquisa considerou a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), a mesma utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para mapear a fome no país.
A Ebia classifica a segurança alimentar como sendo o acesso pleno e regular aos alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais. Já a insegurança alimentar é classificada em três níveis - leve, moderada e grave – da seguinte maneira:
Insegurança alimentar leve: há preocupação ou incerteza quanto acesso aos alimentos no futuro, além de queda na qualidade adequada dos alimentos resultante de estratégias que visam não comprometer a quantidade de alimentação consumida.
Insegurança alimentar moderada: há redução quantitativa no consumo de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação.
Insegurança alimentar grave: há redução quantitativa de alimentos também entre as crianças, ou seja, ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores do domicílio. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no lar.
Insegurança alimentar
A pesquisa mostrou que 125,2 milhões de brasileiros vivem com algum grau de insegurança alimentar, número que corresponde a mais da metade (58,7%) da população do país.
Na comparação com 2020, a insegurança alimentar aumentou em 7,2%. Já em relação a 2018, o avanço chega a 60%.
De acordo com o coordenador da Rede PENSSAN, a perda da segurança alimentar no Brasil está diretamente relacionada à atuação governamental.
“As medidas tomadas pelo governo para contenção da fome hoje são isoladas e insuficientes, diante de um cenário de alta da inflação, sobretudo dos alimentos, do desemprego e da queda de renda da população, com maior intensidade nos segmentos mais vulnerabilizados”, apontou.
Maluf enfatizou que as políticas públicas de combate à extrema pobreza desenvolvidas entre 2004 e 2013 restringiram a fome a apenas 4,2% dos domicílios brasileiros.
Retrato da fome no Brasil
De acordo com a pesquisa, na média, cerca de 15% das famílias brasileiras enfrentam a fome atualmente. Fatores regionais e sociais, no entanto, agravam a situação.
As estatísticas apontam que a fome:
é mais presente entre as famílias que vivem no Norte (25,7%) e no Nordeste (21%);
é maior nas áreas rurais, onde atinge 18,6% dos domicílios;
é realidade na casa de 21,8% de agricultores e pequenos produtores;
saltou de 10,4% em 2020 para 18,1% em 2022 entre os lares comandados por pretos e pardos;
atinge 19,3% dos lares sustentados por mulheres e 11,9% dos chefiados por homens;
em relação a 2020, mais que dobrou entre os domicílios com crianças menores de 10 anos de idade;
é maior nos domicílios em que a pessoa responsável está desempregada (36,1%);
saltou de 14,9% para 22,3% nos domicílios sustentados por pessoa com baixa escolaridade;